sábado, 4 de dezembro de 2010

O minuto

No plantão de ontem estava atendendo um senhor com crise hipertensiva, muito culto por sinal, visto a linguagem que usava e até a maneira como se portava. Sua postura era de uma elegância, mesmo estando com uma simples jaqueta.

Uma consulta de emergência dura poucos instantes, mas podemos tornar aquele momento ímpar. Ele comentou que sua pressão havia subido devido à uma situação emocional pela qual estava passando, envolvendo sua filha e as escolhas que a mesma andava tomando. Com o pouco de palavras que ele havia me lançado, ousei abordar a questão com uma linha de pensamento espírita. Comentei então que toda escolha tinha consequências, estavam baseadas em aprendizados do pretérito, bem como a vida impunha tais dificuldades para que o aprendizado fosse como compulsório. Ele respondeu: carma! E eu perguntei: O senhor também é espírita, não é? Ele sorriu e respondeu afirmativamente. Passamos a comentar sobre estarmos num planeta de provas e expiações e nossos aprendizados estarem necessariamente ligados a situações de sofrimento, aflição, angústia e dor. E que um dia evoluiremos para mundos ou planos onde os aprendizados estarão calcados em outros parâmetros.

Estávamos os dois empolgadíssimos com o nível da conversa, que abordou outros assuntos também, mas era preciso dar continuidade aos atendimentos. Prescrevi a medicação que meu novo amigo deveria tomar ali na emergência, levantamo-nos, e ele pediu permissão para contar-me uma última história que aqui transcrevo:

"Certa vez, estavam pilotando a cabine de um trem, um americano e um hindu. Eles aproximavam-se de um cruzamento com outra linha de trem, quando avistaram que aproximava-se uma outra locomotiva. O hindu começou a frear o trem para evitar a colisão. O americano, aflito, tomou a direção do trem e colocou-o na velocidade máxima dizendo: "vamos passar antes dele"! A assim o fez, quase provocando um acidente, mas conseguindo passar pelo cruzamento milésimos de segundo antes de ser atingido pela outra locomotiva! O americano então bradou: está vendo? Com isso ganhamos um minuto em nossa viagem! Eis que o hindo perguntou: MAS O QUE FAREMOS COM ESSE MINUTO?"

Meu nobre amigo hipertenso olhou-me com satisfação e enfatizou: "consegue entender a sabedoria milenar do povo hindu, diferente do modo de vida que por exemplo os americamos pregam de maximizar o uso do tempo? O que faremos com esse minuto!!!! Pense sobre isso... O que faremos com esse minuto..."

Eu convido vocês a pensarem sobre isso...!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tan Hong Ming



Quando eu me apaixono fico igual ao chinesinho do vídeo!
Ainda existem românticos no mundo...!